A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada principalmente por dores musculares generalizadas, por todo o corpo. O paciente com esta condição enfrenta ainda fadiga, distúrbios do sono e sensibilidade aumentada em várias áreas do corpo.
Embora não haja cura definitiva para a fibromialgia, o tratamento visa a melhora dos sintomas e busca proporcionar qualidade de vida. O maior desafio no manejo desta doença é a sua complexidade! Os sintomas variam de uma pessoa para outra, e cada paciente responde de forma diferente às abordagens terapêuticas.
Saiba mais sobre as opções de tratamento, o papel de cada profissional durante o tratamento e quais são as principais dúvidas sobre o assunto.
A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor crônica difusa. Além da dor, outros sintomas costumam ser relacionados à doença, como:
– Fadiga – sensação de cansaço que não passa;
– Sono não reparador;
– Problemas de memória – tanto dificuldade de concentrar quanto de fixar informações;
– Distúrbios emocionais – como sintomas de ansiedade e depressão.
Embora a causa da fibromialgia ainda não seja completamente compreendida, acredita-se que ela esteja relacionada a uma desregulação na maneira como o sistema nervoso central processa sinais de dor. Dessa forma, o paciente tende a ter uma sensibilidade à dor e ao toque aumentada.
A fibromialgia não é uma doença inflamatória ou autoimune, mas sim uma condição relacionada à forma como o corpo percebe e responde à dor. Essa sensibilidade pode ser desencadeada por eventos físicos ou emocionais, como trauma, estresse crônico ou até mesmo infecções.
A condição afeta predominantemente mulheres, embora homens também possam ser diagnosticados. Geralmente, o diagnóstico é feito após os 30 anos de idade, mas há casos entre crianças e adolescentes.
Os sintomas da fibromialgia podem variar em intensidade e podem se sobrepor a outras condições, tornando o diagnóstico um desafio. Entre os principais sintomas da fibromialgia estão:
A dor associada à fibromialgia costuma ser descrita como uma dor constante e difusa, afetando o corpo todo. Ela persiste por no mínimo três meses e não está relacionada a inflamações ou lesões.
Mesmo após descanso, o paciente queixa-se de falta de energia, uma sensação de cansaço que não passa.
Um dos sintomas mais desafiadores da fibromialgia é o que os pacientes chamam de “fibro fog” ou “névoa mental”, que se refere a problemas de memória, dificuldade de concentração e lapsos cognitivos.
O sono não reparador é frequentemente relatado por pacientes com fibromialgia, o que acaba agravando os sintomas de dor e fadiga. Os distúrbios do sono podem ser tanto de insônia (dificuldade de dormir) quanto de sono leve, com despertares frequentes.
Além da dor generalizada, as pessoas com fibromialgia podem experimentar uma sensibilidade aumentada a estímulos sensoriais como luz, som e até mesmo temperatura. Áreas do corpo podem se tornar dolorosamente sensíveis ao toque leve.
Outros sinais podem incluir dores de cabeça frequentes, síndrome do intestino irritável, ansiedade e depressão. A fibromialgia pode afetar significativamente a vida diária, dificultando a realização de atividades simples e interferindo nas relações pessoais e profissionais.
O tratamento da fibromialgia é multifacetado e visa o alívio dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida. Como não existe uma cura definitiva, o manejo é feito com uma combinação de terapias que incluem medicamentos para fibromialgia, mudanças no estilo de vida e suporte psicológico.
Os medicamentos são uma parte essencial no tratamento da fibromialgia, ajudando a reduzir a dor e melhorar o sono. Os principais medicamentos para fibromialgia prescritos incluem:
Certos antidepressivos, como os inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN), podem ajudar a reduzir a dor e melhorar o humor. Eles também são eficazes no tratamento de distúrbios do sono associados à fibromialgia.
Medicamentos frequentemente usados para aliviar a dor neuropática em pacientes com fibromialgia.
Embora os anti-inflamatórios sejam de maior venda livre, eles não costumam ser muito eficazes no tratamento da dor fibromiálgica.
O uso de opióides deve ser desencorajado pois tem eficácia limitada para pacientes com fibromialgia e corre-se o risco de dependência.
Em alguns casos, os relaxantes musculares podem ser indicados para aliviar a tensão muscular e melhorar a qualidade do sono.
O tratamento da fibromialgia visa o controle dos sintomas. Sendo assim, a terapia mais eficaz é baseada na combinação de medicamentos e terapias não-medicamentosas. É possível destacar exercícios regulares, fisioterapia, terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, o uso de antidepressivos e anticonvulsivantes para alívio da dor.
Exercícios físicos regulares, técnicas de relaxamento, massagens terapêuticas e medicações específicas para dor crônica, podem ajudar a aliviar a dor da fibromialgia.
reumatologista é o especialista mais indicado para tratar fibromialgia, e é possível encontrar um reumatologista em São Paulo para orientações. Outros profissionais de saúde, como fisioterapeutas e psicólogos, também podem ser envolvidos, dependendo dos sintomas e da necessidade de um tratamento multidisciplinar.