As doenças autoimunes ocorrem quando o sistema imunológico passa a atacar células saudáveis do próprio corpo, gerando inflamação e podendo afetar articulações, pele, órgãos internos e até o sistema nervoso. Algumas das mais conhecidas são a artrite reumatoide, o lúpus e a esclerose sistêmica. Estima-se que mais de 15 milhões de brasileiros sejam afetados por essas condições, que muitas vezes evoluem de forma silenciosa e progressiva.
A atuação do reumatologista é essencial para o diagnóstico precoce dessas doenças. É ele quem reúne informações do histórico do paciente, realiza exame físico e solicita exames laboratoriais e de imagem para fechar o diagnóstico. Quanto mais cedo a doença é detectada, maiores as chances de controlar os sintomas e evitar complicações irreversíveis, como deformidades articulares, comprometimento pulmonar ou renal.
O tratamento de doenças autoimunes é individualizado, levando em conta o tipo de doença, o estágio e as comorbidades do paciente. Entre os medicamentos mais utilizados estão os imunossupressores, que controlam a resposta exagerada do sistema imunológico, e os anti-inflamatórios, que ajudam no alívio dos sintomas.
Além disso, a introdução das terapias biológicas ou imunobiológicos nos últimos anos permitiu uma abordagem mais moderna de muitas dessas doenças. Em alguns casos, eles oferecem um controle mais preciso da inflamação e com menos efeitos colaterais, sendo especialmente indicados para casos que não respondem bem aos tratamentos convencionais.
As doenças autoimunes são crônicas e exigem acompanhamento médico contínuo. O reumatologista é o profissional indicado para conduzir esse processo, ajustando o tratamento conforme a resposta clínica, monitorando possíveis efeitos colaterais e orientando o paciente. Entre as recomendações, algumas são sobre hábitos de vida que podem auxiliar no controle da inflamação, como alimentação saudável, prática de exercícios leves e controle do estresse.
Em muitos casos, o tratamento é feito em conjunto com outros especialistas, como dermatologistas, pneumologistas ou nefrologistas, dependendo dos órgãos afetados. O foco é sempre o mesmo: manter a doença sob controle e preservar a autonomia e o bem-estar do paciente.