Vasculites são um grupo de doenças caracterizadas pela inflamação dos vasos sanguíneos, incluindo artérias, veias e capilares. Essa inflamação pode causar o enfraquecimento, o estreitamento, a obstrução ou até a ruptura dos vasos, prejudicando o fluxo normal de sangue e, consequentemente, o funcionamento de órgãos e tecidos. Dependendo da forma da vasculite, diferentes partes do corpo podem ser afetadas — desde a pele até órgãos vitais como pulmões, coração, rins e cérebro.
A vasculite pode surgir de forma isolada ou estar associada a outras doenças autoimunes, como lúpus ou artrite reumatoide. Em alguns casos, é desencadeada por infecções virais, como hepatite B ou C, por certos medicamentos ou por reações alérgicas. Também existem vasculites consideradas “primárias”, em que a causa não é conhecida.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, as vasculites são classificadas de acordo com o tamanho dos vasos afetados (pequenos, médios ou grandes) e com a manifestação clínica. Exemplos comuns incluem:
Os sintomas da vasculite variam conforme a extensão e os órgãos comprometidos, mas alguns sinais são comuns em muitos tipos da doença:
Esses sintomas podem aparecer de forma súbita ou se desenvolver aos poucos, o que reforça a importância de um diagnóstico precoce e de um acompanhamento médico adequado.
O diagnóstico da vasculite é complexo, envolve a parte clínica e também os exames. O médico, geralmente um reumatologista, avalia os sintomas, realiza exame físico detalhado e solicita:
Como muitas vezes os sinais são inespecíficos, contar com um especialista experiente é essencial. O reumatologista é o profissional mais indicado para investigar doenças autoimunes e inflamatórias, como a vasculite, e propor o plano terapêutico mais adequado para cada caso.
O tratamento da vasculite visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas, prevenir danos irreversíveis aos órgãos e evitar recaídas. As abordagens mais comuns incluem:
O tratamento deve sempre ser individualizado, considerando a idade do paciente, o tipo de vasculite, os órgãos comprometidos e a resposta às terapias anteriores.
Além da medicação, o acompanhamento regular com o reumatologista é essencial para ajustes no tratamento, prevenção de efeitos adversos e melhora da qualidade de vida.
O tratamento combina corticosteróides, imunossupressores e, em alguns casos, terapias biológicas. O objetivo é controlar a inflamação e proteger os órgãos atingidos, com acompanhamento contínuo do reumatologista.